Traduzido de http://www.woodworkingformeremortals.com/2010/11/old-ways-of-working-wood-review.html
Eu gostaria de falar sobre um livro fascinante: Velhas Formas de Trabalho em Madeira (Old Ways of Working Wood) escrito por Alex W. Bealer. O autor afirma claramente a sua posição sobre a marcenaria moderna no capítulo de abertura:
"The machine, not the craftsman, dominates woodworking today. The result has been an artistic tragedy."
"A máquina, não o artesão, domina a marcenaria hoje. O resultado tem sido uma tragédia artística."
Essas são algumas das declarações mais fortes.
Somos nós, tão entusiastas das poderosas ferramentas elétricas que chegamos ao ponto de enganar-nos a acreditar que estamos realmente sendo criativos artisticamente?
Os marceneiros modernos são apenas apertadores de botão e não mais artesãos?
Infelizmente, como um usuário e conhecedor do poder das ferramentas elétricas, eu concordo com Bealer - até certo ponto.
Não é preciso nenhuma habilidade especial para cortar em uma mesa de cortes.
Estou certo de que macacos podem ser treinados para fazer isso.
As plainas de bancada são o melhor exemplo de tecnologia de botão em um ateliê moderno.
As furadeiras elétricas furam uma placa de uma extremidade a outra e o furo sai liso e fino na outra extremidade.
Na marcenaria de hoje, resolvemos os problemas fazendo peças e descobrindo inúmeras maneiras de explorar melhor a máquina. De certo modo somos escravos das capacidades e limitações de nossas máquinas. Além disso, se a ferramenta certa não fornecer os resultados que desejamos, nós vamos comprar uma máquina maior ou melhor do que a que possuímos, pois a outra se tornou obsoleta.
Se queremos criar um determinado perfil com a tupia e não conseguimos, nós compramos um pré-fabricado que será suficiente ou nos contentarmos com um que está perto o suficiente para o que idealizamos.
Quer fazer entalhes? Há máquinas que fazem furos perfeitamente quadrados.
A que ponto chegamos por deixar de trabalhar a madeira, e apenas cortar a massa com cortadores de biscoito?
Bealer ressalta que tudo isto surgiu, em sua 
Cada capítulo do livro descreve em detalhes cada uma destas técnicas tradicionais de marcenaria. É educativo e às vezes inspiradora.
Você saberia como derrubar corretamente uma árvore com um simples machado?
Já usou um enxó?
Bealer aprendeu estes métodos de pessoas que realmente utilizava-os e consegue compartilhar tudo isso de forma animada e de fácil leitura.
Usando ferramentas poderosas não diminui minha alegria de construir projetos de carpintaria. Na verdade as ferramentas elétricas aumentam o meu prazer, porque eu não tenho de passar muitos anos na condição de aprendiz a aprimorar suas habilidades que só podem ser aprendidos através da repetição. As ferramentas elétricas permitem que qualquer pessoa possa tornar-se um marceneiro hobbysta e criar coisas. No passado, eu suspeito que ninguém queria se tornar um marceneiro hobbysta. As pessoas dedicavam suas vidas à marcenaria porque precisavam.
Mas nós somos artistas? A maioria de nós provavelmente não o é. Mas também não eram os marceneiros tradicionais. Eles construíram as coisas de que necessitavam.
O livro faz-me querer aprender a usar ferramentas manuais antigas e realmente entrar em contato com os materiais que usavam. É inspirador. Mas a realidade é, eu não tenho tempo para começar do zero. Eu sou um produto do século 20. E é aqui onde eu discordo com Alex Bealer. Minha mesa de corte pode não ser uma extensão das minhas mãos, mas é uma extensão da minha imaginação. E eu estou perfeitamente bem com isso.
